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[Entrevista] Aceleração e regulamentação de AI com a pandemia

As novas formas de organização e trabalho que surgiram durante a pandemia de Covid-19 foram, de certa forma, terreno fértil para a aceleração e implementação…

Tempo de leitura: 5 min

As novas formas de organização e trabalho que surgiram durante a pandemia de Covid-19 foram, de certa forma, terreno fértil para a aceleração e implementação crescentes da Inteligência Artificial no Brasil. A utilização dessa tecnologia não foi apenas conveniente, mas também necessária, se levarmos em conta as novas formas de consumir e de se relacionar em nossa sociedade. 

A fim de discutir sobre o tema e ampliar um pouco essas considerações, abordando inclusive o universo empreendedor, Marcellus Amadeus, CTO da Alana AI, participou de uma entrevista com a Jovem Pan News.

Assista ao vídeo completo:

Inteligência Artificial no dia a dia

Nós não estaríamos exagerando se disséssemos que as inteligências artificiais estão cada vez mais associadas a nossa rotina, desde o nosso trabalho até as nossas formas de entretenimento. Ferramentas e plataformas muito populares têm se aliado a essa tecnologia, confiando que suas competências podem agregar em qualidade e escalabilidade. A inteligência artificial se tornou uma nova alternativa dentro de um mundo altamente globalizado.

Ultimamente, o meio virtual tem sido responsável por grande parte do nosso contato com o mundo, visto que dá continuidade a nossas relações interpessoais durante o contexto de pandemia, permite que a informação seja encontrada facilmente e viabiliza trabalhos na modalidade home office, como é o exemplo da Alana AI. É claro que não são substitutos, mas têm sido inegavelmente úteis e as inteligências fazem parte dessa solução.

E sim, apesar da pandemia ser temporária, a implementação e a regulamentação de inteligência artificial será bem duradoura, isso porque a tecnologia nos permite repensar nossas formas de organização social. Empresas podem aderir a um sistema semipresencial e trabalhar com todo o tipo de ferramenta e integração, o atendimento ao cliente pode ser ampliado e dividido, a gestão pode ser mais eficiente e o registro de documentos pode ser automatizado, entre outras aplicações. As possibilidades são incontáveis.

Marcellus traz alguns exemplos comuns de ferramentas que funcionam através de inteligências artificiais e das quais não abriremos mão tão cedo. Duas delas são o reconhecimento facial do Iphone e o mecanismo de buscas do Google.

Recomendação de leitura: Inteligência Artificial: 9 exemplos de como usamos no dia a dia.

Sobre implementação e regulamentação no Brasil

As questões de implementação e regulamentação de inteligência artificial no Brasil já foram debatidas no final de 2020, quando o CEO Marcel Jientara também participou de uma entrevista com a Jovem Pan News e falou um pouco sobre a LGDP (Lei Geral de Proteção de Dados), recentemente sancionada. Marcellus Amadeus resgata a lei em sua discussão e constata que, apesar do avanço evidente, ainda existe uma carência técnica a ser resolvida.

Cada país desenvolve sua própria estratégia, mas é importante observar que há pouco tempo atrás esse mercado não era tão expressivo no Brasil e a legislação ainda está sendo difundida. Podemos observar dois projetos de lei: Projeto de Lei nº 240, apresentado pelo deputado Léo Moraes, e Projeto de Lei nº 21, apresentado por Eduardo Bismarck. Ambos são de 2020. A leitura rápida dos documentos deixa evidente que a preocupação ainda é nortear a utilização dessa tecnologia e estipular valores, sem necessariamente trazer questões práticas de regulamentação. Muitas empresas acabam ficando responsáveis por elaborar suas próprias políticas, inclusive aquelas que dizem respeito à ética.

Marcellus explica, por exemplo, que é difícil entrar nos detalhes de cada empresa e saber como cada uma delas funciona, o que pode envolver questões de fiscalização e de incentivo governamental. Existe pouco contato entre as instâncias legislativas e o ecossistema empresarial, dificultando, por conseguinte, a elaboração de políticas específicas. A implementação e consolidação de um órgão oficial regulador exerceria papel fundamental nessa conexão.

O caminho de implementação deve considerar as parcerias com públicos especializados, dessa forma o mercado não será apenas bem regulamentado como também incentivado. O Brasil finalmente poderá acompanhar o resto do mundo mais de perto, pois apesar de estar atrasado em comparação a outros países, ele tem uma base científica sólida e bons especialistas. Os especialistas poderiam ser envolvidos na elaboração dessas políticas para contribuir com uma visão mais especializada.

Recomendação de leitura: Por que a regulamentação da inteligência artificial vai impactar a inovação.

Bem-estar dos usuários

A disponibilização de dados pode ser vista como uma questão delicada e problemática, visto que envolve a privacidade de cada pessoa e seus dados pessoais. Às vezes surgem até perguntas como: “devemos realmente utilizar esses serviços?”, “é seguro?”, entre outras. Para pensar isso, é importante entender que o desenvolvimento tecnológico não precisa ir na contramão da ética: é possível aproveitar todos os seus benefícios de forma segura.

Para isso, é possível determinar o que pode ou não pode ser feito com dados pessoais. É lembrado, também, que já existem áreas especializadas em cybersecurity dentro da polícia.

A LGPD oferece certa segurança ao usuário que, a favor do uso pleno das ferramentas virtuais, cede algumas informações pessoais a seu respeito. Marcellus observa que essa concessão acontece com quaisquer ferramentas que utilizam inteligências artificiais, visto que estas buscam aprender cada vez mais com o seu consumidor. É dessa forma que a experiência virtual é otimizada, automatizada e facilitada, gerando um sentimento de satisfação real a cada necessidade individual atendida adequadamente.

“Todos esses algoritmos de inteligência artificial, que são utilizados, em sua maioria, para melhorar a experiência com qualquer tipo de tecnologia, vão exigir dados.” (Marcellus Amadeus)

Nessa perspectiva, a consciência individual ganha um grande peso, já que fornecemos a maior parte dos nossos dados de bom grado, às vezes por não saber como cada ferramenta funciona. É claro que esses dados podem ser voltados contra nós e nos trazer prejuízo, mas é possível estar protegido sem perder todas as inovações que a Inteligência Artificial nos apresenta.

Caso tenha se interessado, sugerimos assistir ao vídeo adicionado no início deste texto. É breve, mas muito interessante!