[Podcast] AI & Humanos pelo Planeta
Em meio ao caos que o Brasil vive em relação às queimadas na Amazônia e no Pantanal, é importante discutirmos maneiras de prevenir problemas ambientais…
Tempo de leitura: 4 min
Em meio ao caos que o Brasil vive em relação às queimadas na Amazônia e no Pantanal, é importante discutirmos maneiras de prevenir problemas ambientais…
Tempo de leitura: 4 minEm meio ao caos que o Brasil vive em relação às queimadas na Amazônia e no Pantanal, é importante discutirmos maneiras de prevenir problemas ambientais e de restabelecer e reforçar biomas.
Uma excelente oportunidade é o uso de tecnologias que podem ajudar o homem no monitoramento e desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade e meio-ambiente em geral.
Neste episódio do Inside Alana Podcast, falamos sobre como tecnologias que usam inteligência artificial podem auxiliar humanos no cuidado do Planeta através de mudanças nos modelos de produção e consumo, em busca de reverter efeitos negativos do impacto humano na Terra. Ouça quando quiser:
Confira o bate-papo na íntegra.
Na primeira temporada do Inside Alana Podcast falamos sobre conceitos básicos de inteligência artificial e como ela ajuda a resolver problemas através de algoritmos que fazem o reconhecimento de padrões, previsões e recomendações baseadas em dados numéricos, imagens, vídeos, texto, etc.
Devido à essas habilidades da AI, cientistas e startups já estão desenvolvendo e aplicando várias soluções inteligentes em prol do planeta, para resolver diversos problemas ambientais. Um bom exemplo é a utilização da tecnologia para projetar novos produtos e materiais que sejam mais sustentáveis e que possam ser descartados seguindo a lógica da economia circular.
Hoje já existem algoritmos de machine learning que fazem o desenho, prototipagem e teste de materiais de forma autônoma.
O projeto Accelerated Metallurgy (em tradução livre, “Metalurgia Acelerada”) usa AI para produzir e testar novas ligas metálicas, que podem substituir produtos químicos danosos para o meio ambiente e usam materiais que são menos duráveis. Ele é conduzido pela Agência Espacial Europeia, junto com um grupo de fabricantes, universidades e designers.
Muitas empresas estão criando modelos de negócios mais sustentáveis e totalmente baseados em dados e algoritmos de machine learning.
O Waze é um dos primeiros serviços de massa que, mesmo que de forma indireta, usa inteligência artificial em prol de um ideal sustentável. Afinal, o aplicativo nada mais é do que uma ferramenta de machine learning que usa dados de trânsito em tempo real para diminuir congestionamento nas cidades e melhorar a mobilidade.
Há também muitos outros exemplos emergentes de empresas que estão dando ênfase aos serviços por assinatura ou de aluguel, em vez de fazer com que consumidores comprem e eventualmente descartem produtos no meio ambiente.
Outra boa prática é o uso combinado de dados históricos e em tempo real, tanto sobre usuários quanto sobre produtos, para prever qual será a demanda por um determinado produto, e assim evitar desperdícios na cadeia produtiva e fazer o manejo mais sustentável do inventário.
A inteligência artificial está indo muito além, e sendo usada também para cuidar da fauna e da flora em diversas regiões.
A Microsoft, por exemplo, usa suas ferramentas de inteligência artificial para monitorar animais em extinção ao redor do mundo. São câmeras de reconhecimento facial para identificar e rastrear animais como leões, onças e elefantes, monitorando suas populações e suas migrações.
Também é comum usarem modelos de robótica e sensoriamento remoto de aprendizado de máquina para avaliar informações sobre a saúde e tamanho de baleias, por exemplo.
A inteligência artificial pode ser usada até em habitats mais remotos e difíceis de monitorar, como a Antártida.
Lá, a AI está sendo usada para monitorar as populações de pinguins através de um modelo de visão computacional, que procura por manchas de guano em imagens de satélite, informa os algoritmos eles então geram as estimativas populacionais.
No Brasil, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) usa redes neurais para mapear a cobertura florestal e a evolução do desmatamento na Mata Atlântica.
As imagens de alta resolução obtidas por satélites são comparadas com fotografias aéreas tiradas desde a década de 60, através de um algoritmo que identifica árvores e objetos específicos. Basicamente, essa ferramenta reproduz o que o olho humano faz, mas em uma escala incomparavelmente melhor, pois o sistema mapeia milhões de objetos nas imagens.
Em outras partes do mundo, existem projetos que combinam algoritmos e imagens de satélite para detectar detritos e plásticos nos oceanos e o ritmo de derretimento de geleiras, por exemplo.
Se você deseja saber ainda mais sobre como a inteligência artificial pode ajudar o meio ambiente, salve o episódio para ouvir quando puder e siga acompanhando o Inside Alana Podcast.