[Podcast] Máquinas pensam como humanos?
No primeiro episódio de Introdução sobre Inteligência Artificial e as diferenças entre AI Forte e AI Fraca, começamos a falar sobre conceitos básicos e a…
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No primeiro episódio de Introdução sobre Inteligência Artificial e as diferenças entre AI Forte e AI Fraca, começamos a falar sobre conceitos básicos e a…
Tempo de leitura: 5 minNo primeiro episódio de Introdução sobre Inteligência Artificial e as diferenças entre AI Forte e AI Fraca, começamos a falar sobre conceitos básicos e a evolução da tecnologia ao longo dos anos.
Continuando essa temporada do Inside Alana Podcast, o segundo episódio busca sair da ficção científica e partir para a realidade, destrinchando as diferenças entre a forma como as máquinas “pensam” e adquirem conhecimento VS a mente humana.
Cérebro Artificial
É ousado dizer que as máquinas pensam como os humanos, pois para que elas possam agir, é necessário que alguém alimente-as com dados.
Por outro lado, conforme falamos no episódio um, o desenvolvimento da inteligência artificial foca em estudar dois aspectos do cérebro humano: a anatomia e como funciona o aprendizado.
Sendo assim, podemos afirmar que as máquinas têm um cérebro artificial que é desenvolvido a partir da tentativa de replicar o funcionamento e organização das redes neurais do cérebro humano.
Para entender como isso é feito, primeiro é necessário aprender os seguintes conceitos:
De acordo com Marcellus, CTO da Alana AI, a inteligência artificial é “a ciência e engenharia de criar máquinas inteligentes”, e há diversas maneiras de simular isso, como o método de aprendizado de máquina (em inglês, machine learning).
O método é a aplicação de técnicas estatísticas e matemáticas para que um programa siga instruções e faça descobertas por conta própria, ou seja, o humano cria maneiras da máquina aprender sozinha.
O machine learning abrange a utilização de algoritmos que podem conduzir o programa a descobrir sozinho qual ação realizar, o que é basicamente uma receita a ser seguida pelo programa para alimentar a inteligência artificial.
Em geral, existem três maneiras de ensinar uma máquina, e cada uma com seu nível de complexidade:
Neste modelo, o humano fornece uma série de exemplos do que a máquina deve aprender e o que não deve.
Como exemplificou Marcellus, para criar um classificador de rostos humanos, podemos fornecer para o algoritmo milhares de fotos de pessoas para que ele aprenda a diferenciar feições humanas de outras coisas.
Ele é chamado de supervisionado justamente porque alguém precisa acompanhar o aprendizado, e isso é feito com os exemplos fornecidos para a máquina.
Este método é quando o humano deixa que a máquina descubra por conta própria quais são os tipos de exemplos. São algoritmos usados para criar grupos a partir de semelhanças e diferenças.
Neste modelo não são fornecidos exemplos, apenas os dados brutos e cabe à máquina encontrar padrões que diferenciam as informações e, por fim, criar grupos de classificação (cluster).
Este funciona com base em erros e acertos, pois o algoritmo realiza testes para entender o que tem sucesso e o que não tem.
É o aprendizado com base na experiência, em que a máquina entende seus erros e procura uma abordagem correta na próxima tentativa. O que acontece é que o algoritmo tem uma meta e uma métrica, e realiza testes para saber o quão perto está de atingir a meta.
Redes neurais artificiais são comumente apresentadas como sistemas de neurônios interconectados, que podem computar valores de entradas, ou seja, elas simulam o comportamento de redes neurais biológicas.
Marcellus usou de exemplo o reconhecimento de escrita manual, que funcionaria da seguinte maneira:
Essas Redes Neurais Artificiais (ANN) são a base do deep learning, que é a técnica de machine learning mais usada e com melhores resultados.
Deep Learning
O deep learning, ou na tradução pro português ‘aprendizado profundo’, tem como base as Redes Neurais Artificiais, que imitam a estrutura biológica do cérebro.
A profundidade de aprendizado acontece porque são usadas múltiplas camadas de redes neurais para realizar a classificação dos dados.
Por exemplo, cada camada tem um recurso específico para aprender (como curvas e bordas) no reconhecimento de imagem, então cada uma vai focar em seu determinado tópico e se aprofundar nisso. Para entender melhor, vale ouvir nosso segundo episódio por completo.
Podemos concluir que as máquinas imitam de uma forma bem básica, e superficial, como um humano pensa, mas definitivamente não pensam como um humano.
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